Noite Musical

sábado, 4 de junho de 2011.


Deitada em minha cama, imaginava como seria vivenciado meu plano. Atenta à minha lição da faculdade, rodava minha caneta entre os dedos com destreza, tal qual um baterista das antigas em relação de amor com sua bateria.
Sorri entrando no clima das músicas em meu Mp4. Amo música. Não sei o que seria da minha vida sem ela. Vida? Não sei se posso chamá-la assim, mas digamos que estou sobrevivendo nessa sociedade caótica onde humanos se sentem os Deuses.
Vi a sombra da porta se movimentar e ver você entrando. Inocentemente, você sorri e fala algo que não escuto devido à música alta em meus fones de ouvido, mas correspondo com um sorriso, sentando na cama em seguida, deixando seus lábios percorrerem meu rosto até meus lábios, deixando um breve beijo. Você continua falando enquanto apenas olho meu caderno com uma foto nossa, abraçados e sorrindo. Mal sabe você o que passa de verdade pela minha cabeça, o que eu sou realmente.
Levanto-me, caminhando lentamente até você que larga seu prato com a janta assim que te abraço por trás e começo a distribuir beijos quentes pelo seu pescoço. Sinto seus arrepios percorrerem pelo meu corpo, você deve estar chamando pelo meu nome, gemendo a cada carícia minha, mas somente escuto minha música preferida, movimentando ao ritmo dela. Fome. É tudo o que sinto.
Começo a tirar sua roupa, te deixando exposto ao frio da cidade que entrava pela janela que deixei entreaberta, bagunçando meus cabelos soltos como se brincasse com eles. Sinto seu coração bater cada vez mais rápido, não posso mais adiar. Eu quero você. Quero sentir você. Quero sentir o quão quente você é. Sorrio de forma a mostrar meus caninos e sem esperar mais cravo os mesmos em seu pescoço branco e sem marcas, ficando cada vez mais manchado com seu sangue.
Sinto você se debater de início entre meus braços, sexo frágil vocês diriam, mas bem que consigo te prender entre meus braços, não é querido? Sinto cada vez mais seu coração acelerado, talvez pelo susto, e seu corpo amolecer aos poucos, talvez em mistura de êxtase e luxúria. Totalmente saciada, deito seu corpo quase sem vida já na cama, manchando os lençóis de vermelho enquanto passo a língua pelos meus lábios, limpando vestígios do seu sangue em mim com sua camisa. Dançando ao ritmo da música termino de me vestir com minha roupa jeans favorita e saio para curtir a noite. Já te falei o quanto amo essa música?


MTR

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