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Lucifer's Angel

sexta-feira, 23 de outubro de 2015.




"The flawless skin hides the secrets within

Silent forces that secretly ignite your sins"



Silêncio. Nao é o que eu quero.
Palavras. Nem sempre são bem vindas.

Engraçado como a vida é e como ela dá voltas e voltas nela mesma. Minha vida não era tão complicada assim. 

Preocupações. Obrigações.

Chega uma hora que nossa mente prega uma peça e mostra o quanto somos fracos e devemos desistir de tudo. Se não tiver rédeas curtas, é muito rápido e fácil cair na dele.

Saudades quando eu era criança. Quando nada era tão preocupante quanto pegar de volta a borracha que emprestou ao coleguinha ou se o caderno está devidamente bem distribuído com as palavras e exercícios.

Saudades quando eu era inocente. Não sabia quem eu era ou em quem eu iria me tornar. Ou quem eu iria conhecer, contra ou à meu favor. Não sabia o que era sentimento. Não sabia o que era fazer as coisas sozinha. Não sabia o que era conviver em amizade. Não sabia como era a ida e vindas.

Toda pessoa tem suas faces. Duas. Cinco. Dez. Impossível quem tem uma só. Eu mesma tenho algumas. Talvez eu não conheça todas. Talvez eu já conheça, mas as nego. As famosas brigas internas. Essas disputas de qual versão de mim vai ganhar. Qual acumula mais prêmios, derrotas...

Sorriso escondendo a verdadeira tristeza. Lágrimas escondidas para que ninguém veja. Pensamentos evoluídos para que nada aconteça. 

Que minhas asas nunca desistam. Que minhas asas nunca se fechem. Que minhas asas nunca quebrem.


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Shhhh... be quiet...

domingo, 18 de outubro de 2015.

Não consegui vê-lo. Estava escuro. O que me guiava era apenas seu perfume amadeirado, com um leve toque de dia de chuva. 

- Para onde está me levando?

Apenas o silêncio em resposta.  Segui em frente em passos cautelosos com medo de cair ou tropeçar em alguma coisa. Ia doer e odeio sentir dor. 

- Por que não fala comigo? 

Silêncio.
Abracei a mim mesma sentindo um breve veto gelado, esfregando minhas mãos em meus braços, na intenção de me aquecer. Continuei tagarelando, curiosa, tentando adivinhar para onde ele estava me levando. Nada mudava no local. A escuridão continuava total e minha paciência estava no limite.
Senti alguém colocando seus dedos em meus lábios. Dedos frios e magros como que para me silenciar, o que me irritou mais ainda. 
 Seguindo em frente sinto uma luz ao longe querendo deixar minha visão mais certa. Jurava que tinha visto um breve brilho no local. Conforme fui chegando perto eu fui fechando meus olhos para evitar a dor devido a forte luz que irradiava. Andando às cegas, sinto que chuto algo, ao mesmo tempo em que toco alguma coisa da minha altura.
Abri meus olhos devagar e visualizei a mim mesma, sorrindo vitoriosa, do outro lado do espelho. Ele estava atrás de mim, me abraçando com suas mãos horrendas e pecaminosas, alisando meu corpo por baixo da minha camisola enquanto levou um dos seus dedos em seus lábios, pedindo silêncio.


Nem todo pedido de silêncio deve ser preservado.
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quinta-feira, 15 de outubro de 2015.

Quanto maior a subida, maior os prêmios... não é o que fala minhas dores nas costas. Até respirar anda difícil.
Parece que a cada degrau que subimos, caímos quatro, ou é só impressão?
Tento me agarrar à alguma coisa próxima, porém as plantas tem espinhos. Além da queda, a dor é dobrada. Mas ergo e sigo em frente. 
Não sei quando terá fim esta subida, mas guardar estas dores me faz desistir no meio do caminho. Até dou um tempo onde fico, mas acabo seguindo em frente. 
O cheiro da natureza, da chuva, são coisas que me atraem mesmo sendo um ser noturno. Cheiro de sangue. A cor. Talvez por isso essas quedas atraem para algo, por mais que lute contra tudo isso. A fome insaciável. 
 
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2011 ... 2015

terça-feira, 7 de abril de 2015.


Quando falam ''tirar as teias'' estou literalmente ao pé da letra com esse blog...

Meio esquecido, totalmente esquecido por alguns contratempos... mas eu tinha, ainda tenho, um certo apego por ele.

Pensando em talvez voltar, colocar umas palavras soltas por aqui, pensamentos, acaba sendo um exercício para a mente e outras coisas.


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Stranger Dark

sábado, 4 de junho de 2011.


Caminho pelas ruas escuras em busca de algum abrigo, fugindo da forte chuva que teimava em cair esta noite fria e solitária. Suspirei assim que me encostei em uma loja coberta com uma lona na parte de fora, sentando na beira da entrada fechada. Esfreguei meus braços tentando afastar o frio que tomava conta do meu corpo, da minha roupa encharcada. Tão preocupada com o frio não vi quando um sujeito de capa chegou ao meu lado, tirando a mesma.
- O que uma linda garota como você faz por essas ruas à essa hora da noite?
Ele deitou seu sobretudo sobre mim enquanto me observava. Apenas o olhei paralisada, não sabia se pelo medo de ter aparecido repentinamente, se pela bondade do sobretudo ou pela sua beleza magnífica mesmo à noite, com algumas pequenas gotas da chuva caindo de seu cabelo levemente molhado.
- Eu... a greve acabou pegando minha linha.
- Ah, sei. Esses humanos tão preocupados com seu próprio umbigo que não pensam nos outros. Posso saber sua graça?
Arqueei a sobrancelha de leve. De onde surgiu esse sujeito esquisito? Isso eram modos de falar de um cidadão da cidade? Senti como se falasse com meu tataravô, que Deus os tenha.
- Isabella.
- Sou Arthur, digamos que estou aqui de passagem. 
Ele sentou-se ao meu lado, abraçando meus ombros. Não vou negar que era bonito, mas isso não significa que ele tenha que ter intimidades comigo. Levantei-me rapidamente, devolvendo-lhe o roupão.
- Me desculpe, Arthur. Mas tenho que ir.
- Sério? Olha, se quer um conselho, melhor que fique aqui comigo. Eu posso te proteger.
- Proteger? Não, obrigada. Eu sei cuidar da minha vida.
Levantei rapidamente, correndo pela rua quase não enxergando com a forte chuva. Em seguida, senti algo forte me empurrando, o que me fez cair de cara no chão, machucando meus braços e um pouco do meu rosto, cortando meus lábios. Meio dolorida, me sentei e vi horrorizada um homem pálido e berrando de forma medonha como de fome, voando em minha direção. Gritei o mais alto que consegui me protegendo com os braços, quando sinto alguém me carregar tão rapidamente que quando olho estou em cima de um prédio, próxima as escadas de emergência. Era ele que me carregava. Arthur me olhou de forma terna, me colocando suavemente em pé no piso do prédio enquanto dava uma piscadela.
- Eu falei que te protegeria. Da próxima vez, não fuja. Não sabe o quão complicado é correr atrás de nossos protegidos.
Segundos a frente não vi mais nada. Apenas um forte clarão azul que me cegou por uns segundos. Arthur não estava mais lá.

MTR
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Noite Musical



Deitada em minha cama, imaginava como seria vivenciado meu plano. Atenta à minha lição da faculdade, rodava minha caneta entre os dedos com destreza, tal qual um baterista das antigas em relação de amor com sua bateria.
Sorri entrando no clima das músicas em meu Mp4. Amo música. Não sei o que seria da minha vida sem ela. Vida? Não sei se posso chamá-la assim, mas digamos que estou sobrevivendo nessa sociedade caótica onde humanos se sentem os Deuses.
Vi a sombra da porta se movimentar e ver você entrando. Inocentemente, você sorri e fala algo que não escuto devido à música alta em meus fones de ouvido, mas correspondo com um sorriso, sentando na cama em seguida, deixando seus lábios percorrerem meu rosto até meus lábios, deixando um breve beijo. Você continua falando enquanto apenas olho meu caderno com uma foto nossa, abraçados e sorrindo. Mal sabe você o que passa de verdade pela minha cabeça, o que eu sou realmente.
Levanto-me, caminhando lentamente até você que larga seu prato com a janta assim que te abraço por trás e começo a distribuir beijos quentes pelo seu pescoço. Sinto seus arrepios percorrerem pelo meu corpo, você deve estar chamando pelo meu nome, gemendo a cada carícia minha, mas somente escuto minha música preferida, movimentando ao ritmo dela. Fome. É tudo o que sinto.
Começo a tirar sua roupa, te deixando exposto ao frio da cidade que entrava pela janela que deixei entreaberta, bagunçando meus cabelos soltos como se brincasse com eles. Sinto seu coração bater cada vez mais rápido, não posso mais adiar. Eu quero você. Quero sentir você. Quero sentir o quão quente você é. Sorrio de forma a mostrar meus caninos e sem esperar mais cravo os mesmos em seu pescoço branco e sem marcas, ficando cada vez mais manchado com seu sangue.
Sinto você se debater de início entre meus braços, sexo frágil vocês diriam, mas bem que consigo te prender entre meus braços, não é querido? Sinto cada vez mais seu coração acelerado, talvez pelo susto, e seu corpo amolecer aos poucos, talvez em mistura de êxtase e luxúria. Totalmente saciada, deito seu corpo quase sem vida já na cama, manchando os lençóis de vermelho enquanto passo a língua pelos meus lábios, limpando vestígios do seu sangue em mim com sua camisa. Dançando ao ritmo da música termino de me vestir com minha roupa jeans favorita e saio para curtir a noite. Já te falei o quanto amo essa música?


MTR
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O caso Laura - review

sábado, 14 de maio de 2011.


Terminei, já faz um tempão, mas só agora lembrei a senha do blog (rs), o livro "O Caso Laura", de André Vianco. 
Ele prende seu fôlego do começo ao fim. Um ótimo livro, Vianco mostra que tem um ótimo dom para escrita fora da área de vampiro. No fim, você entra no clima do livro e fica aquele gostinho de "quero mais".
Não vou mentir, chorei no fim do livro, me emocionei bastante em bastantes momentos do livro, assim como achei maravilhoso os detalhes e a forma como Vianco prende nossa atenção.
Recomendo, e muito, esse livro. Não vou entrar em detalhes ou irei estragar a história para quem ainda vai ler, mas tenho certeza que vocês não irão se arrepender de ler este livro e que muitos, assim como eu, se sentirá na pele de Laura.
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